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terça-feira, 2 de outubro de 2012

Educação vai às ruas


Ao ler uma recente matéria do O POVO sobre como o lixo depositado nas ruas gera poluição nas praias, vi-me impelido a retornar à questão da cultura cidadã. A matéria ressaltava que a ação inadequada do cidadão ao sujar a cidade provocava dano em um dos maiores bens públicos que o próprio cidadão tem o direito de desfrutar: as praias. A Praia do Futuro, bastião do turismo cearense, era a vítima da ocasião e estava imprópria a banho.
Quero aqui enfatizar o papel educacional destinado ao poder público que vai além da sala de aula. A postura dos cidadãos no seu cotidiano pode e deve ser educada. Usar a criatividade em campanhas de conscientização é a melhor estratégia educacional que se pode querer. Mostrar as consequências de atos que aparentemente não causam danos diretos ao cidadão é uma dessas estratégias. Não é incomum ver as próprias pessoas que sujam as ruas reclamarem da falta de limpeza das praias.  Elas não se veem como causadoras do problema.
O grande desafio para tornar essas campanhas efetivas é fazer com que sejam apropriadas pelo cidadão. Precisam gerar o sentimento de contágio. As pessoas têm que se sentir impelidas em participar, pois devem começar a perceber que os outros estão participando. Alguns mais céticos poderiam dizer que nossos governantes não sabem fazer isso. Digo que sabem, sim. O fazem muito bem quando querem se eleger. A mesma dinâmica usada durante uma eleição que visa criar um movimento em torno de uma ideia ou de um nome de um candidato deve ser usada durante o governo.
Prestemos bem atenção aos candidatos durante a campanha. Em especial na forma tenaz e perseverante que terão para conseguir nosso voto. Peçamos para que sejam puxadores de uma grande campanha chamada “educação vai às ruas”, usando, para começar as altas verbas de publicidade que possuem. Seria um excelente começo para contagiar a sociedade. A nós cabe reagir proativamente. Afinal se chegamos a pensar que os governos pensam que somos idiotas, cabe-nos deixar de agir como se fossemos.
* Artigo publicado na coluna Opinião do O Povo de hoje.

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