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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Cidades Inteligentes

Um exemplo interessante de uso de sensores para otimizar recursos públicos em cidades é este entre a empresa Trimble especializada no desenvolvimento de aplicações de localização via GPS e a Irlandesa Smartbin especializada em desenvolvimento de software e hardware de sensores eletrônicos.

Elas uniram suas expertises e fizeram um sistema completo de apoio logístico que usa sensores dentro dos containers de lixo e entulhos para saber o nível dos mesmos e assim otimizar a rota dos caminhões de coleta. Além dos sensores, os containers também contem GPS o que permite saber onde eles estão e assim calcular rotas até o seu destino. Um módulo que roda no celular e no computador da frota de caminhão permite, por exemplo, computar as rotas dinamicamente durante o dia de coleta.

Esse sistema é o que vem sendo exaustivamente chamado de cidades inteligentes. A nova cidade de Songdo na Coréia é talvez o projeto mais arrojado de uma cidade inteligente criada do zero. Seu funcionamento é previsto para 2015. Deve ter sensores distribuídos por toda a infraestrutura de  transporte, iluminação e coleta de lixo. Além disso, ela é toda projetada dentro dos princípios de sustentabilidade e assim emitir um terço de gases de uma típica metrópole de mesmo tamanho (previsão é de 300 mil pessoas).

Todo o projeto de Songdo foi adotado e em grande parte patrocinado pela Cisco. A empresa californiana acredita que a cidade será capaz de definir padrões e odelos a serem adotados em outras cidades. A aposta é arrojada e repetida pelas grandes da área de TIC no mundo. A IBM, por exemplo, vem desenvolvendo seu projeto, ainda mais ambicioso, de planeta inteligente já há algum tempo. Veja aqui alguns exemplos de projetos implementados pela Big Blue nesta direção.  A IBM não esperou a tecnologia de sensores estar amadurecida para lançar seus projeto. Ela acredita que os governos, atualmente, já têm muitos dados à disposição, não conseguem é explora-los.

Isso eu concordo perfeitamente. Só acho que a melhor forma de uma cidade virar inteligente é abrindo esses dados e não contratando uma plataforma privada para explora-los. A razão de meu argumento é muito simples. Não creio que uma cidade inteligente se resuma à questão tecnológica, mas de pessoas competentes para explorar os dados. Por essa ótica, internalizar tecnologia em governos para explorar dados pode se tornar somente custo.


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