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quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Bullying Institucionalizado

Em comparação com europeus e americanos, uma das posturas que mais considero marcante nos brasileiros, e mais ainda em nordestinos, é o hábito de “reparar” algo nos outros. Quem morou no exterior percebe mais claramente  esse hábito. É algo tão enraizado na nossa cultura que poucos que aqui vivem percebem o quanto é presente.  Morei na Europa e nos EUA. Ao conviver com outras pessoas lá, percebe-se claramente a preocupação de todos em respeitar a imagem e as decisões dos outros. Por exemplo, se você vai a um cabeleireiro, ninguém no trabalho diz “cortou o cabelo, ne’!”.

Quando falo sobre isso a amigos, alguns me dizem: “puxa como deve ser sem graça”. Pois é, pode-se até atribuir esse tipo de postura a frieza e distância, mas acho que é muito mais uma forma de respeito ao espaço dos outros.

Creio que nós, sob a desculpa da intimidade e convivialidade, exageramos. Reparamos nos outros tudo que os marca. É uma espécie de bullying institucionalizado. Você está magro ou gordo, velho ou novo, cabelos brancos ou pretos, curtos ou longos e por aí vai. Reparamos cada detalhe nos outros como se precisássemos disso até para nos aproximar, para ter intimidade. Não me surpreende quando leio sobre a procura crescente por cirurgias plásticas. Deve ser um peso grande para quem tem algo físico a ser notado a todo momento.

O cearense em particular além de comentar sobre alguma característica de alguém, ainda o faz frequentemente em tom jocoso. Quem vestido de preto não recebeu o comentário “está de Zorro, eih”. Se veste branco, “Lá vem o doutor ou o pai-de-santo”. Faz-se isso sem muito cuidado e frequentemente se passa dos limites. Algumas pessoas ao serem apresentadas a outras, já reagem com uma piadinha ou comentário engraçado. Não consigo me habituar com isso confesso. Mas como se diz por aqui “perde-se um amigo, mas não a oportunidade de uma piada”. 

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Personal Democracy Fórum – Latin American

Saiu a programação e os palestrantes convidados do Fórum da Democracia Pessoal que ocorrerá em novembro em Santiago do Chile. Vejam a chamada principal abaixo.

Quedan muy pocos días para que comience el 1º Personal Democracy Forum América Latina, la principal red de conferencias sobre Tecnología y Política del globo. Cientos de líderes digitales, políticos, gente de medios, consultores, emprendedores de tecnología, líderes del sector público y ONGs de América latina, se darán cita en PDF este próximo 18 y 19de noviembre en la Torre Telefónica de Santiago.

Palestrantes de várias nacionalidades (USA, México, Chile, Guatemala, Argentina, Cuba, Costa Rica, Peru, Colômbia, Espanha e Kênia) estarão presentes. Tenho a honra de representar o Pais juntamente com Eduardo Leoni e Soninha Francine os outros dois palestrantes brasileiros. Vejam a programação e conheçam mais do PDF aqui.

Vejam também que a Google tem uma promoção em que oferta a inscrição e hospedagem de graça. Não custa nada tentar.


terça-feira, 26 de outubro de 2010

TEDxSudeste: Rememoração Esperada

Em maio deste ano escrevi sobre minha experiência ao palestrar no Planetário do Rio de Janeiro durante o TEDxSudeste. Desde então esperei ansiosamente pelo lançamento do vídeo da palestra. Os vídeos dos diversos palestrantes foram sendo gradativamente lançados e não via a hora de ver o que descrevia minha palestra. Hoje, soube pelo Twitter que ele enfim estava publicado. Convido-os a assisti-lo. Digam-me a opinião de vocês e não esqueçam de divulgá-lo. É a primeira oportunidade que tive de registrar os objetivos e desafios de WikiCrimes e Wikimapps de forma profissional. O vídeo será um instrumento essencial na divulgação da mensagem.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Aqui é perigoso?

Final de ano, momento de festa, muitos se deslocam para locais não muito conhecidos. Seja um buffet em local distante ou mesmo uma viagem de férias em outra cidade, bom seria se pudéssemos saber se o locais para qual nos dirigimos, ou onde vamos nos alojar, são perigosos, não? Com a colaboração de todos em WikiCrimes isso já será possível.

Uma versão, totalmente grátis, de WikiCrimes que chamamos de WikiCrimes Mobile pode ser instalada em smartphones que rodem o sistema operacional Android da Google. Essa inovação foi fruto do trabalho de final de curso de André Fonteles, aluno da graduação em informática da UNIFOR, que dedicou-se ao projeto com tenacidade e se pôs a terminá-lo em tempo recorde. A instalação em celulares desse tipo se faz a partir da loja de aplicativos da Google chamada Android Market (a aplicação deve ser acessada diretamente nos celulares).

WikiCrimes Mobile é bem simples de usar e conterá somente uma função: “Aqui é perigoso?”. Nela o usuário do telefone pergunta se o local onde ele está (identificado pelo GPS do celular) é perigoso.  O local é demarcado por um círculo com raio configurado pelo próprio usuário. Como resposta ele recebe um mapa com os crimes ocorridos dentro deste círculo centrado no local onde está. Recebe ainda uma mensagem que diz o quanto a região é perigosa em relação a uma área de aproximadamente dez vezes  o raio configurado. A lista de crimes ocorridos na área pode ser consultada e individualmente, cada um deles pode ser visto no mapa.

A mensagem de WikiCrimes sobre se o local é perigoso recebe como resposta os valores baixa, media ou alta periculosidade. Nosso objetivo não é o de fazer uma análise da criminalidade de uma área muito ampla como de uma cidade. Queremos dar uma noção às pessoas sobre o quanto o lugar onde ele está é perigoso em relação a outros ao redor. Assim, se alguém vai estacionar um carro em um certo local, por exemplo, pode tomar a decisão de se mover para algum lugar adjacente se o local em questão for muito perigoso.

Fazer as pessoas acreditarem que compartilhamento de informação criminal pode trazer frutos positivos a todos é um de nossos maiores desafios. Essa cultura de compartilhamento não acontece da noite para o dia. Exige-nos avançar para propor ações e serviços que mostrem concretamente o quão todos podem se beneficiar se essa cultura mudar. A prestação de serviços de informação ao cidadão através do telefone celular é uma das estratégias mais recentes que lançamos nessa direção. Acreditamos que quanto mais pessoas acessarem o serviço, mais vão perceber que ele só será útil se houver participação com o compartilhamento da informação sobre a ocorrência dos crimes.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

A Segurança de Pernambuco na Câmara Municipal de Fortaleza (CMF)

Quem diria. Pernambuco reduz os crimes continuamente nos últimos quatro anos. O Ceará os faz crescer. Essas e outras foram expostas na excelente palestra do colega Luis Ratton da Universidade Federal de Pernambuco na CMF com intervenções do Prof. César barreira da UFC. Ratton expôs o projeto em implantação no Estado vizinho intitulado “Pacto pela Vida”. Trata-se de um conjunto de ações que vão da estruturação administrativa dos diferentes setores e sob a coordenação do Secretário de Planejamento do Estado até as ações operacionais como a decisão de focar na redução dos crimes letais contra a vida.

Para um estudioso em Segurança Pública, Ratton não falou nada de novo. Felizmente! Já havia escrito aqui mesmo no blog sobre como os diagnósticos e os planos de segurança começam a convergir no Pais. Mas isso não é tudo, pelo contrário. A implementação desses planos é super-difícil. Para começar exigem visão e ações multi-disciplinares e gestão por resultados. Coisas que os nossos governos não sabem fazer.

O grande mérito do governo pernambucano é atuar com determinação e força política  para implantar um plano tecnicamente correto, feito por quem entende e tocado pelos que o conceberam. Esse é um detalhe importantíssimo. O plano é sólido, não está fundamentado em marketing. Mas não basta ter planos política e tecnicamente corretos. A implantação eficaz dos mesmos é muito mais difícil de ser conseguida. Já escrevi também sobre o quanto nossa cultura subestima “o fazer”.

Não pude, no entanto, deixar de temer pelo futuro do plano pernambucano. Não seria o primeiro exemplo de falta de continuidade na área. Na apresentação de Ratton vi muito do que o Estado do Ceará já tinha feito há dez anos atrás e que inexplicavelmente foi se deteriorando.  A falta de continuidade é um dos maiores problemas nessa área. Em particular, quando os planos são inovadores, eles requerem pessoas de fora das instituições e que têm passagem provisória pelas mesmas. Como o governador pernambucano vai ainda ficar mais quatro anos, vamos torcer para que o processo de internalização das mudanças se solidifique. 

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Mapa da Descontinuidade: Isso sim, seria inovação

Semana passada li uma notícia no jornal O Povo que me causou espanto. Nela dizia-se que a Secretaria de Segurança ia criar um mapa da criminalidade. Havia depoimentos de que se usavam planilhas e que agora iriam usar um software com mapas digitais. Leia a matéria aqui.

A surpresa que tive deve-se ao fato de que as ferramentas para criar mapas desse tipo, inclusive com a possibilidade de colocá-los à disposição do cidadão foram feitos há cerca de dez anos. Desde a implantação do CIOPS em 1998, softwares de geoprocessamento foram feitos para indicar os locais mais perigosos e subsidiar o planejamento das ações de policiamento ostensivo e repressivo.

Lembro-me que foi desenvolvido um site, inovador na época, chamado de estatísticas mapeadas que era disponibilizado pela intranet da Secretaria para que todos os comandantes de companhia e delegados pudessem fazer consultas nesses mapas.

Se tivessem pelo menos anunciado que iriam reativar ou melhorar o que existe, teria ficado menos surpreso. Estou pensando em criar um WikiMapp para mapear colaborativamente as iniciativas que são descontinuadas no serviço público.  Será que isso já existe?

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Jamais diga uma mentira que não possa provar

A frase paradoxal que intitula esse texto é de Millor Fernandes e ilustra o que, ao meu ver, tornou-se a campanha para eleição presidencial. O “debate” (se é que se pode chamar assim) entre Dilma e Serra é talvez o maior símbolo do quanto a política nacional está aquém da Nação e do que Ela merece.

Os candidatos, assessorados por especialistas em marketing, buscam incessantemente encontrar manchas um no outro, e sobretudo, manchas que “peguem”. A campanha virou uma guerra de clichês sem igual. Dilma é favor da morte de criancinhas e é terrorista enquanto Serra detesta nordestinos e vai acabar com o Bolsa Família, só para exemplificar. Sob os olhos da população espantada, mentem e chamam-se de mentirosos. Esse parece ser justamente o único ponto que os faz convergir e provavelmente é onde estão certos.  A eleição se encaminha mais e mais para a escolha daquele que não queremos que seja presidente. Ou seja, será o voto pela exclusão do outro.

Os candidatos são reféns de uma estratégia que eles mesmos criaram. Abdicaram de um debate profundo e puseram-se em um contínuo e desgastante processo de infantilização da população como dito no primeiro turno por Marina Silva. Não conseguem defender nem mesmo aquilo em que acreditam. Consequentemente, não convencem.Tal situação eleva o desgaste da classe política e do processo democrático e só nos dá uma certeza, qualquer que seja o vencedor terá um governo que já entra perdendo.

O próximo presidente não nos ajudará muito a sonhar, nem a pensar no Brasil do futuro. Será presidente, mas não será líder. Como não podemos nos dar o luxo de perder a oportunidade de continuar progredindo, vamos ter que nos auto-motivar e aprender a sonhar por nós mesmos. Mas que a campanha de 2014 começará muito mais cedo, vai.

domingo, 17 de outubro de 2010

My Sweet Lord

Nesses dias em que alguns insistem em ocupar espaços políticos com dogmas religiosos, recebi de Alex Garcia essa pérola que achei por bem publicar. My Sweet Lord numa homenagem de grandes do Rock e da guitarra ao ex-Beatles George Harrison. Harrison que fez outras grandes composições como Here Comes the Sun e While My Guitar Gently Weeps (minha preferida).

No vídeo abaixo, veja Billy Preston, Eric Clapton, Ringo Starr, Paul McCartney e outros mais.  Lembrança de uma época em que a nobreza e beleza da oração foi explicitada na música. E só.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

WikiCrimes no EDTED de Fortaleza


Neste sábado, no hotel Vila Galé, estarei palestrando no EDTED (Encontro de Design e Tecnologia Digital) que acontecerá pela primeira vez em Fortaleza. Trata-se de um evento que já chega à sua 15ª edição, com o total de 220 palestras e mais de cinco mil profissionais com o objetivo de trocar informações sobre o potencial da internet, as novidades do mercado e a importância do design e da tecnologia neste meio.

A cidade de Fortaleza foi incluída no roteiro e, agora, serão percorridas dez cidades: Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre, Curitiba, Florianópolis, Brasília, Belo Horizonte, Salvador, Fortaleza e Recife. A programação aumentou e os participantes terão quatro espaços de conteúdo para escolher: Design, Tecnologia, Oficinas e Desconferências. Os temas são voltados para designers, webdesigners, programadores, desenvolvedores web, publicitários, empreendedores etc.

O evento terá início na manhã de sábado e minha palestra será às 10:00hs. Mais uma oportunidade para falar de WikiCrimes, Wikimapps e suas novidades. Sintam-se convidados. A inscrição pode ser feita pela Internet no site do evento.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Dirigir um automóvel é uma atividade em perigo ou somente perigosa?

Cruza-se a fronteira entre ficção e realidade cotidianamente. Os celulares, que hoje já nos são tão comuns, já foram um objeto muito distante. Lembram-se de Maxwell Smart, o agente 86, com seu telefone celular (que era um sapato L)?

Pois bem, uma dessas fronteiras que parece ainda distante dá mostras de que se aproxima: carros sem motoristas. Esses carros, considerados um tipo de veículo autônomo, não precisam de motoristas e são guiados por computadores que se baseiam em dados capturados por sensores e câmeras.  Competições acadêmicas onde os pesquisadores apresentam os avanços no setor acontecem anualmente.

Recentemente, ninguém menos que a Google entrou na busca por soluções.  E quando a Google entra em cena, pode esperar que algo acontece. A Empresa de Mountain View formou logo uma equipe de peso. Contratou os pesquisadores que ganharam os mais recentes prêmios das competições promovidas pela DARPA (Agencia de Defesa Americana) e fez parcerias com a equipe de robótica e engenharia da Universidade de Stanford na Califórnia.  

Em seu blog, a Google apresentou os avanços que vêm fazendo com a tecnologia que permite que os carros façam seus trajetos sem motoristas. O carro da Google usa câmeras de vídeo montadas no teto, sensores de radar e uma mira a laser para enxergar outros carros e obstáculos no trânsito. Ele já rodou mais de 200.000 Km pelas ruas de cidades americanas sem provocar nenhum acidente. A motivação da Empresa é a de reduzir o índice de mais de 1,2 milhões de vidas que são perdidas em acidentes de trânsito. 

Para os que me lêem e adoram usar suas Ferraris nas seguras e velozes autoestradas brasileiras, fiquem atentos.  Esse hobby pode estar chegando ao fim.




domingo, 10 de outubro de 2010

A Hipocrisia Eleitoral

O curso que a campanha tomou com o predomínio de um debate puxado pelos conservadores religiosos e onde agora predomina a hipocrisia dos candidatos é o que mais me dá desgosto desde o começo da campanha.

O governo brasileiro vinha gradativamente tomando medidas seguras e importantes fernte a um problema gravíssimo de saúde pública. No Brasil a cada dois dias uma mulher more vítima de abortos feitos em condições precárias. Algo precisava e precisa ser feito.

Serra teve sorte de sempre se posicionar contra o aborto. Viu um tema que conseguiu deixar Dilma nas cordas cair-lhe ao colo e agora está disposto a capitalisar. Já Dilma não consegue defender o que o governo fez até agora e fica querendo dizer algo que agrade a gregos e troianos.
Irresponsabilidade pura dos dois. Deixam assim emergir uma classe que até então era silenciosa, mas que começa a colocar as asas de fora. Nunca fomos um País marcado pela intransigência religiosa. Esse movimento pode ser extremamente pernicioso para o País.

Louve-se Marina Silva. Sempre tive receio de sua religião e do quanto ela poderia ser influenciada por pensamentos radicais vindos dos que a apoiavam. Para minha surpresa, o perigo está em todos os campos.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Desafios da Inovação

Volto ao tema da inovação que já foi objeto de algumas reflexões aqui e aqui. Lembro, primeiramente, que a FUNCAP (Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico do Estado do Ceará) está com três editais de subvenção econômica para empresas em aberto.

Participei, semana passada, de várias reuniões em que empresários cearenses expuseram suas dúvidas, queixas e dificuldades para fazer inovação. Algumas dúvidas e problemas foram mencionados e que achei merecerem reflexões.  

Outro questionamento comum é sobre a necessidade de se ter um pesquisador na equipe técnica. Não é obrigatório contar com  um pesquisador na equipe, mas é salutar que isso ocorra. Pesquisadores normalmente tem o perfil para responder a uma das perguntas que mais atormenta o empresário: “Essa ideia é inovadora?”. Como pesquisadores são obrigados a estarem na fronteira do conhecimento, eles têm naturalmente a visão do que pode se constituir uma inovação. Evidente que isso não exime o feeling que os empresários têm sobre se a ideia dá dinheiro.

Quase todos se queixam que é muito pouco tempo par fazer um projeto e mesmo para achar colaboradores. Se a postura das empresas for a de reação à editais de fomento, essa queixa vai continuar a ocorrer. Muitas vezes algumas empresas pedem-me indicações de colegas pesquisadores para assinar projetos que já estão preparados. Querem doutores de aluguel! Impossível isso acabar bem. Inovar é um processo que deve estar internalizado nas organizações e a cooperação com a academia deve ocorrer independentemente de um edital específico. Os pesquisadores devem conhecer as potencialidades da empresa e os problemas que as impedem de crescer. Só assim conseguirão vislumbrar oportunidades. Quem ainda não começou a se preparar já está atrasado. O Brasil acordou para a inovação e não há nada que indique que isso vai se acabar logo.

Outros dois aspectos mais pontuais e que se referem à feitura dos projetos são os seguintes. Algumas empresas apresentam projetos de inovação com pouca ou nenhuma relação com o que ela tem expertise ou experiência. É preciso lembrar que os avaliadores vão buscar verificar se a Empresa tem condição de desenvolver o projeto. A experiência demonstrada na área que se propõe o projeto é determinante para ser bem avaliado.

Muitos projetos apresentam valores para aquisição de equipamento e insumos muito elevados e sofrem cortes bruscos. É preciso compreender que a subvenção visa subsidiar o processo de inovação e não o processo de produção. É comum a apresentação de propostas em que os equipamentos e muitas vezes os insumos são em volume injustificáveis para a inovação. Por exemplo, se para desenvolver a inovação é preciso comprar um insumo, espera-se que o volume necessário para isso seja somente em escala para uso em laboratório. Depois da inovação feita, cabe ao empresário buscar outros recursos para comprar os insumos em volume em escala industrial. 

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Nasce um Novo Líder

A grande novidade e também grande vencedora da campanha eleitoral foi Marina Silva. Com pouquíssimo tempo de televisão e uma estrutura partidária raquítica, ela apresentou um carisma que tanto faz falta aos outros competidores. Foi a única que fez o povo sonhar. Embora tivesse o tema do meio ambiente e da sustentabilidade como linha mestra de sua campanha, teve a coragem de colocar o dedo na ferida maior de nossa democracia: a pobreza da política.

Essa campanha pode ser o início de vida de uma líder nacional. Seu principal desafio será criar um verdadeiro partido nacional. Será uma contribuição tão grande como dispor de sua imagem carismática. Lula quando começou sua caminhada tinha o PT com estrutura muito maior que o PV agora. Marina, em seu discurso agregador, fala de esperança, participação, colaboração e outras mensagens positivas que considero muito mais adaptadas ao Brasil de hoje.

Dá-nos esperança.