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quinta-feira, 23 de abril de 2009

Web 2.0 e Informática Pública

Além de meu frequente contato com os colegas da ETICE (Empresa de Tecnologia da Informação do Ceará), nos últimos meses tive várias experiências de contato com o ambiente das Empresas Públicas de Informática. Ano passado palestrei no KM Brasil (Congresso Nacional de Gestão de Conhecimento), e boa parte do público era de funcionários públicos de TI. Os convites recebidos para realizar apresentações no Congresso Nacional do SERPRO – CONSEG e no Alagoas digital foram outras oportunidades de conversar com funcionários públicos técnicos em TI. Interessante perceber que as Empresas Públicas de TI, bem com os departamentos de processamento de dados das grandes Empresas Públicas, vivem um dilema quanto ao uso das novas ferramentas de informática advindas com a Web 2.0. Na sua grande maioria essas empresas bloqueiam o acesso a sites de relacionamento, sites de compartilhamento de vídeo e fotos, blogs e mesmo do Google Maps. Os motivos variam da necessidade de “proteger” os funcionários da tentação de desviar o foco do trabalho até a racionalização do uso da banda larga de acesso a Internet. Por outro lado, cresce gradativamente (embora em grau diferenciado de empresa para empresa) a percepção de que há espaço para explorar positivamente as tecnologias de Web 2.0 e ainda as redes sociais que se formam em função de seu uso. O dilema está criado. Como será possível se qualificar a explorar um potencial que tem seu uso mesmo proibido dentro da Organização? Reconheço que não se trata de um problema fácil de ser resolvido, creio que para começar é preciso que se compreenda como a web 2.0 pode ser útil no contexto dos serviços públicos. Por essa ótica, deixo aqui algumas definições que podem contribuir na formação de conhecimento preliminar para a criação de uma política para a TI pública. Em linhas gerais, relembro que a característica marcante do que se batizou de Web 2.0 é aumento de oportunidades de compartilhamento e produção de conhecimento pelos internautas viabilizado pelo surgimento de sites para esses fins. Blogs, sites de relacionamento (www.orkut.com), sites de compartilhamento de vídeos (www.youtube.com), de fotos (www.flick.com), de transparências (www.slideshare.com) e sistemas wikis para compartilhamento de conhecimento (www.wikipedia.com) e crimes (www.wikicrimes.com) são alguns exemplos desse movimento. No contexto organizacional aqueles que trabalham com gestão do conhecimento (GC) perceberam rapidamente que essa nova onda tecnológica compartilha caprichosamente os mesmos princípios da GC como o compartilhamento de conhecimento para aumento da aprendizagem intra-organizacional, a formação de comunidades de prática, a formalização de conhecimento tácito, dentre outros. Enfim, um novo tipo de sistema de informação na web, chamado por alguns de e-gov 2.0 ou KM 2.0, está a surgir. São aplicações onde a aproximação do governo com o cidadão se dá não somente através da prestação do serviço público, mas igualmente pelo provimento de instrumentos para que o cidadão se pronuncie, questione, forneça informações, proponha alternativas, denuncie enfim interja ricamente. Junte ainda a possibilidade de que tudo isso seja feito de forma colaborativa, onde o cidadão faz parte de uma comunidade virtual. Há muito o que fazer nessa direção.

2 comentários:

Anônimo disse...

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Anônimo disse...

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