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segunda-feira, 3 de março de 2008

A Imprensa Americana nas Eleições 2008

Recentemente, estive assistindo com mais freqüência do que a habitual, as redes CNN, Fox bem como alguns jornais americanos para acompanhar a eleição de 2008. Sempre achei que a imprensa norte-americana precisava se recuperar do onze de setembro, quando ela foi acuada e engolida pelos eventos. A eleição 2008 é um momento bom para isso. Ela tem buscado ocupar o terreno perdido fazendo jornalismo com qualidade. Não há espaços para fofoquinhas (de vez em quando algum bobão pisa na bola, como o comentário ofensivo feito por um jornalista da NBC contra a filha de Hillary e Bill Clinton). Ao contrário, sua tarefa é de sempre lançar desafios aos candidatos, os colocando em pressão contínua. Buscam “espremê-los”para que os mesmos respondam sobre os grandes desafios que o país deve enfrentar nos próximos quatro anos. Quem auxilia os jornalistas no debate com os presidenciáveis são especialistas nas mais diversas áreas contempladas. Uma verdadeira sabatina pública que é muito saudável para um país. Outro aspecto digno de menção é o fato de que ela toma partido abertamente quando julga necessário. Já tinha comentado que na França os grandes jornais têm suas posições ideológicas claramente definidas. Le Figaro é direita, Le Monde é esquerda e Le Nouvel Observateur é ainda mais esquerda. Nos EUA e Grã Bretanha também é assim. Por exemplo, New York Times é democrata e mesmo em relação à escolha do candidato democrata o jornal se posicionou. Deixou claro que acha Hillary a melhor candidata. Já o jornal inglês The Economist é neoliberal. Será que vender uma postura neutra e imparcial como tentam fazer a maioria dos grupos mediáticos brasileiros não seria somente pura hipocrisia?

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