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quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Second Life

Semana passada participei de algumas apresentações dos alunos do Mestrado em Informática Aplicada da UNIFOR sobre o Second Life (SL). Trata-se de um jogo onde há um mundo virtual com cidades, bancos, escolas, cinemas e tudo mais. Os espaços físicos são divididos em ilhas. Os avatars (bonecos que habitam o mundo virtual e são pilotados por pessoas) vivem nesse contexto e interagem com outros avatars. É como se as pessoas pudessem ter uma segunda vida (por isso o nome do site). Eu já tinha escrito sobre o SL e avatars em Março (veja o texto aqui), mas as apresentações dos alunos serviram para me alertar de novas coisas deste cenário inovador. Os brasileiros estão descobrindo o SL e muitas empresas estão se instalando lá. O SENAC – promove cursos de como criar avatars e objetos virtuais no SL (alguns cursos são de graça). A ilha vestibular Brasil congrega mais de vinte faculdades brasileiras num espaço de 130km2. A maioria delas é privada e se instalaram no SL por uma iniciativa da ABMES (Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior). Cursos à distância começam a ser ministrados. Os bancos também já se instalaram. Neste mundo virtual pode-se conseguir emprego real. Como os avatars precisam de pessoas que os manobrem, é comum se encontrar proposta de emprego para ser um atendente de uma loja virtual ou mesmo para ser ajudante de avatars de usuários iniciantes. Todo o comércio no SL é feito em Linden que é o nome do criador do jogo. Os usuários devem comprar Lindens para fazer comércio no SL (um dólar equivale a 220 Lindens). Atualmente o marketing é a maior motivação para participação das empresas no SL. Algumas fornecem bônus para que os avatars visitem as ilhas onde estão instaladas. A Globo, por exemplo, paga periodicamente alguns Lindens para avatars se sentarem em cadeiras perto de um grande logotipo global. Só com o interesse de agregar visitantes em torno de seu símbolo. Algumas faculdades dão cinqüenta por cento de desconto se inscrição feita pelo SL. Encontra-se de muita coisa curiosa. Pode-se voar e se tele-transportar para qualquer ilha do mundo virtual. Dá para sair de Copacabana diretamente para a Torre Eiffel para conversar com um avatar francês. Uma das mais interessantes situações que vi foi um avatar que era uma bailarina de rua. A bailarina ficava dançando numa praça, mas o usuário só escutava a música que estava tocando se pagasse alguns Lindens. Trata-se de uma situação interessante, pois é algo que não se pode ter na vida real. De mais em mais se presencia depoimentos de pessoas que escolhem o SL ou como hobby ou mesmo como empreendimento. Soube de um lixeiro na vida real que a noite se tornou um comerciante no mundo virtual do SL. Não tenho certeza que SL pode continuar crescendo se a proposta for unicamente de marketing. Acho que aplicações com caráter social deverão surgir como novas formas de educação. De qualquer forma, atualmente a tendência no Brasil é de crescimento. Vale a pena fazer uma visitinha.

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