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segunda-feira, 30 de julho de 2007

Qualificando a Marca dos Países

Estive lendo o relatório da Simon Anholt chamado Nation Brand Index (NBI) que descreve o estudo feito sobre o quanto vale a marca de um país. Periodicamente o NBI mede a percepção das pessoas quanto às características dos outros países segundo seis diferentes ângulos: investimento e imigração, cultura, exportação, povo, governança e turismo. A perspectiva do investimento e imigração, visa medir o quão inclinadas a migrar ou investir no país as pessoas são. A dimensão cultural é medida pela percepção que as pessoas têm das músicas, artes, filmes e esportes. Em relação ao ângulo das exportações, os entrevistados são perguntados sobre o quão suscetíveis eles são para comprar produtos advindos de um certo país. A dimensão das pessoas é medida através da sensação de amizade, não preconceito e competência das pessoas do país avaliado. A dimensão governança é medida por critérios como o quanto os governos são democráticos, não corruptos e buscam a paz e a segurança mundial. Por fim o aspecto do turismo permite avaliar as belezas naturais e histórico-culturais do país. Surpreendentemente o país mais bem colocado é o Reino Unido. Entre os dez primeiros colocados sete são países da Europa ocidental (Canadá, Austrália e Japão são as exceções). Os Estados Unidos ocupam a 11ª posição e o Brasil a 19ª. O Brasil sai-se muito bem nos critérios “soft” como cultura, povo e turismo. No entanto, as pessoas não conseguem associar qualidade a produtos e serviços feitos no Brasil. Em particular, o critério relativo à imigração e investimento, é o que mais acredito ser representativo. Mesmo tendo uma avaliação super positiva do povo e da cultura do país, quando perguntados sobre se quereriam morar e trabalhar no País, o Brasil não é dos mais cotados. Ou seja, as pessoas têm uma visão positiva do País, mas acham que é só para passear, não para viver e trabalhar. Isso certamente tem reflexos nas decisões de investimento de estrangeiros no Brasil. Dinamarca e Holanda são os países que mais crescem nesse critério. O relatório completo pode ser obtido no site da Simon Anholt clicando aqui.

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